# Praticamente toda semana recebo e-mail de gente pedindo indicação de ômega 3.
É totalmente anti-ético fazer orientações médicas via internet, cada caso é um caso e portanto a consulta médica é imprescindível.
Ou seja, não adianta me mandar e-mail, mensagem na fã page do facebook ou instagram pois eu não responderei qual o melhor tipo de ômega 3 para o seu caso. O Conselho Federal de Medicina PROÍBE o médico de fornecer orientações via internet ou telefone. Apenas em consultas presenciais.
Às vezes meus amigos ou pacientes me contam que compraram um ômega 3, pois fulano disse que é ótimo pra isso ou aquilo. Sim, ômega 3 é ótimo, mas quando prescrito por um médico habilitado ou nutricionista funcional. E na maioria das vezes gastam dinheiro a toa, comprando óleos de péssima procedência.
São inúmeras as variáveis que interferem na qualidade do óleo, portanto, abaixo cito algumas dessas variáveis, que 99,9% da população leiga desconhece e que pelo menos todos os prescritores de ômega 3 deveriam ter obrigação de saber.
1º - Observe o conteúdo de EPA e DHA por cápsula. Os melhores possuem no rótulo a descrição
da quantidade de EPA e DHA. Somente o “Ômega 3 farmacológico” é capaz de combater doenças crônicas e prevenir o que os cientistas chamam de Inflamação Silenciosa, sendo portanto o tipo de suplemento utilizado nos estudos clínicos que validam a eficácia da suplementação com ômega 3. Sua pureza e concentração tornam possível o uso de “altas doses” indicadas em certas doenças, sem o risco de efeitos colaterais como acontece com produtos similares. Existem muitos Ômega 3 disponíveis no mercado que não atingem a concentração de EPA e DH, sendo assim muitas vezes não correspondem aos critérios de qualidade e eficácia que se esperam deles.
2º - Cheque a proporção de EPA e Ácido Araquidônico (ômega 6). Uma relação de 20% de EPA pra 1% de Ácido araquidônico.
3º - Identifique a estrutura do óleo (éster etílico ou triglicerídeos), no rótulo deverá falar qual a forma de ômega 3 ali contido.
4º - Verifique se é isento de contaminantes ambientais: PCBs, mercúrio e dioxinas (geralmente
os bons produtos informam isso de forma bem destacada na embalagem):
- Concentração de PCB's
- Concentração de Mercúrio
- Concentração de dioxinas
- Nível de oxidação Total ( OTOX); 13 meq/l
5º - Verifique se é extraído por destilação biomolecular ou ultra-filtrado: o que garante isenção de
poluentes ambientais.
6º - Verifique se ele é considerado "Enteric Coated". Os assim denominados tem melhor absorção e dão
menos gosto de peixe na boca após o consumo.
7º - Por último, esvazie 4 cápsulas de ômega 3 em um recipiente e coloque-as no congelador por 5
horas. Se ele congelar, então não se trata de um produto ultra-filtrado.
8º - Os óleos mais baratos na maioria das vezes não atendem a esses pré-requisitos. Porém, o barato sai caro. Uma das coisas mais importantes é que você calcule o preço em relação à concentração de EPA e DHA. O que você deveria estar pagando é pelo EPA e DHA. Os óleos de peixe mais baratos têm baixas concentrações de EPA e DHA, e por isso, você pode na verdade estar pagando mais caro por um produto sem qualidade.
9º - Ômega 3 que de boa qualidade sempre terá Vitamina E na cápsula, pra agir como antioxidante.
10º - 60 doses de um bom ômega 3 (no Brasil) não sai por menos de 50 reais. Desconfio se encontrar mais barato.
Portanto fica a dica: não use ômega 3 sem supervisão de médico ou nutricionista funcional, você (e seu bolso) podem se dar mal, afinal, ele não é isente de efeito colateral.
Fontes:
- http://www.sistemadinamico.com.br/portfolio/web/opontoz/index.asp?texto=Conte%FAdo%20Home
- http://www.ligadasaude.blogspot.com/
Autores:
Dr. Frederico Lobo (CRM-GO 13192)
Médico, clínico geral que utiliza dos preceitos ortomoleculares na sua prática clínica;
Ambientalista;
Dra. Daniella Costa (CRM-MG 52.344 - RQE 35.031)
Médica, clínica geral, nutróloga e que utiliza os preceitos ortomoleculares na sua prática clínica.
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